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Santos da Congregação
Santos da Congregação
São Damião de Molokai

Nasceu na Bélgica, na região flamenga, aos 3 de janeiro de 1840. Tendo entrado no noviciado da Congregação dos Sagrados Corações, adotou o nome de Damião. Influenciado pelo seu irmão, que quis ser missionário em terras distantes, ele também resolveu ir para lugares de missão. Obteve a permissão de mudar-se para o arquipélago do Havaí.


Chegou, assim, a Honolulu, que é a capital das ilhas. Ali recebeu a ordenação presbiteral e começou a dedicar-se particularmente aos enfermos. Naquele tempo os enfermos que padeciam de lepra ou hanseníase eram enviados e obrigados a viver em uma colônia, na ilha de Molokai. E diante da necessidade de ter um padre para o atendimento religioso e espiritual, prontificou-se a assumir essa missão. 


Na localidade da ilha, chamada Kalaupapa, havia 600 leprosos. Com sua presença, a vida daquela colônia, que se encontrava em situação de precariedade pela falta de recursos e de organização, começou a melhorar com a implantação de trabalhos agrícolas e um sistema escolar mais adequado. Padre Damião construiu também uma igreja e estabeleceu uma paróquia. Este trabalho tornou-se conhecido e teve apoio até de entidades internacionais. Infelizmente, o missionário contraiu a doença. Mesmo assim continuou sus atividades, até falecer aos 15 de abril de 1889. Havia completado 49 anos de vida. 


No meio de sua heroica dedicação aquele povo, costumava repetir: "Nenhum sacrifício é grande demais, se feito por amor a Jesus Cristo". Padre Damião foi beatificado em 1995 pelo Papa São João Paulo II e canonizado em 2009 por Bento XVI. Sua vida retratada inclusive em filmes como "Damião: o santo de Molokai" e outros, mostra aonde o heroísmo cristão pode chegar: ao esquecimento de si mesmos, para cuidar do próximo abandonado! Belo exemplo que nos incentiva a também estarmos disponíveis em servir aqueles que mais precisam de presença fraterna e de ajuda!  

Santos da Congregação
Beato Eustáquio
Humberto van Lieshout, mais tarde conhecido como Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações no ano de 1905, levado pelo desejo de imitar o São Damião de Molokai, sacerdote da mesma Congregação, apóstolo dos leprosos e mártir da caridade. Fez o noviciado no ano de 1913, na cidade de Tremelo, na Bélgica. Ao receber o hábito religioso, tomou o nome de Eustáquio. Professou os votos religiosos no dia 27 de janeiro de 1915. Foi ordenado padre, no dia 10 de agosto de 1919, foi ordenado sacerdote. Seu primeiro campo de trabalho foi uma colônia de belgas refugiados perto do porto de Rotterdam. Passou positivamente neste primeiro teste de seu zelo apostólico sendo condecorado, pelo Rei da Bélgica, como Cavaleiro da Coroa Belga. Pregador de retiros nas paróquias foi a sua segunda nomeação, em 1924.

Foi enviado como missionário, em 1924, na Espanha e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, Brasil. Em 1925, assumiu, com outros missionários, a pastoral do Santuário da Abadia de Água Suja e outras paróquias de Diocese de Uberaba, e atendimento a outras comunidades. Em 26 de março de 1926, foi nomeado Reitor do Santuário Nossa Senhora da Abadia e Conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil.

Em suas orientações e curas físicas, Padre Eustáquio falava da disposição de Deus de curar a pessoa integralmente. Indicava medicamentos. Servia-se de folhas e raízes e muitos procuravam sua ajuda. De Romaria, foi transferido para Poá - São Paulo. Por causa do aglomerado de pessoas que o procuravam e pelo transtorno, foi enviado à cidade de Araguari, onde se comunicava quase só com seu amigo Padre Gil. Em 12 de fevereiro passou a coordenar a paróruia de Ibiá. E, no dia 7 do mesmo ano, o encontramos na Capital mineira, na Paróquia de Cristo Rei.

O povo afluía pedindo bênçãos e curas. Em 9 de setembro de 1942, Juscelino Kubitscheck, então Prefeito da Capital, beneficiado por milagre de Padre Eustáquio, doou um terreno, onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações, cuja pedra fundamental foi benzida por Dom Cabral. Padre Eustáquio assim se expressou: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei".

Em 23 de agosto, após celebrar a missa - durante o retiro que pregava às alunas do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte - sentiu-se desfalecer. O diagnóstico do médicos acusou um tipo de tifo causado por uma picada de carrapato. Padre Eustáquio tinha certeza de que não iria sobreviver. Chamava pelo Padre Gil. Enquanto aguardava, renovou os votos religiosos. E, ante a emoção dos presentes, repetiu a fórmula da profissão religiosa; e, renovou os votos de Pobreza, Castidade e Obediência, como irmão da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Depois disse aos irmãos: "Graças a Deus, estou pronto! Mas, como demora o Padre Gil!". Até que dia 30 de agosto, Padre Gil conseguiu chegar. Assim que o viu, Padre Eustáquio conseguiu erguer-se do leito com grande esforço, e disse: "Padre Gil, graças a Deus!" E desfaleceu para sempre.

Belo Horizonte amanheceu de luto, e a Imprensa noticiava seu falecimento. Após sua morte, constatou-se que um devoto foi curado de um câncer. O relato consta no processo de beatificação, iniciado em 1997. E outros milagres se sucederam.

Padre Eustáquio dizia que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus". Após o reconhecimento de sua vida e de seus milagres, por parte da Santa Sé, Padre Eustáquio foi beatificado em Belo Horizonte, Brasil, pelo Cardeal José Saraiva Martins, a 15 de junho do ano 2006.
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Mártires da Espanha
Os Padres Teófilo, Isidro, Gonçalo, Eládio e Mário, religiosos da Congregação dos Sagrados Corações, sofreram o martírio no início da guerra civil espanhola (18 de julho de 1936 – 1° de abril de 1939) nos meses de agosto a outubro de 1936. Foram beatificados no dia 13 de outubro de 2013 em Tarragona (Espanha).

Esses cinco mártires fazem parte dos dez mil religiosos, sacerdotes e leigos que “por ódio a fé” foram assassinados na Espanha entre os anos de 1934 e 1939 e dos quais já foram beatificados ou canonizados mais de mil.

A perseguição religiosa na Espanha deve ser situada entre aquelas que se desencadearam por todo o mundo no século XX, quando as ideologias ateias e laicistas se afirmaram com o poder político. São inúmeros os mártires do século XX no México, na China, Rússia, Polônia, Alemanha e em toda a Europa.
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Mártires de Picpus, França

Em março de 1871, estourou na França uma revolta chamada “Comuna de Paris”. No centro das desejadas reformas políticas e sociais estava um desejo de maior participação, liberdade e igualdade, assim como a secularização da sociedade e o acesso de todos à educação. Buscava a ruptura com a velha ordem. Os religiosos foram acusados de cumplicidade com os opressores feudais, capitalistas, bonapartistas ou opressores de Versalhes.


No dia 12 de abril, os membros da revolta, chamados “federados”, entraram nas casas dos Irmãos e Irmãs da Congregação dos Sagrados Corações (SSCC) na rua Picpus. 12 padres e 1 irmão foram levados para a prisão. No dia 5 de maio, tudo bem senhora está segura agora 74 irmãs, com a Madre Benjamine le Brais, Superiora Geral, e 10 noviças foram presas e levadas para a prisão de Saint-Lazare. Embora a maioria tenham sido libertados logo, quatro membros do Conselho Geral dos irmãos permaneceram na prisão: Pe. Ladislau Radigue, Pe. Policarpo Tuffier, Pe. Marcelino Rouchouze e Pe. Frézal Tardieu.


No domingo, 21 de maio de 1871, a violência cresceu. Começou a “semana sangrenta”. Na sexta- feira 26 de maio, as tropas governamentais aproximaram-se de “La Roquette”, onde os padres foram encarcerados. Nessa altura, por volta das 15 horas, Émile Gois, o Coronel dos Federalistas, ordenou ao diretor que libertasse 50 prisioneiros, incluindo 10 padres selecionados aleatoriamente. Entre eles estavam os Padres SSCC: Ladislau, Frézal, Marcelino e Policarpo, e também o Pe. Henrique Planchat da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo (RSV). Foram levados para a Rua Haxo, e no pátio da sede da Guarda Nacional, foram massacrados diante de uma multidão enfurecida. O episódio ficou conhecido como o “Massacre da Rua Haxo”.